A companhia aérea Azul anunciou que suspenderá, a partir de 11 de agosto de 2025, dois de seus voos internacionais com destino a Fort Lauderdale, nos Estados Unidos. As rotas afetadas são Manaus–Fort Lauderdale e Confins–Curaçao–Fort Lauderdale, incluindo também o trecho Curaçao-Fort Lauderdale. A única ligação direta da empresa com Fort Lauderdale a partir da região Norte do Brasil continuará sendo operada apenas com saídas de Belém. A Azul justifica a decisão como parte de uma reestruturação operacional de sua malha aérea internacional, com ajustes baseados em desempenho de rotas, custos operacionais e procura por parte dos passageiros. Clientes com voos marcados para essas rotas após a data de suspensão poderão solicitar reembolso ou remarcação conforme as regras da companhia.
A suspensão dessas rotas faz parte de uma série de ajustes promovidos pela Azul no contexto de seu processo de reestruturação financeira sob o Chapter 11, nos Estados Unidos. Esse procedimento, semelhante a uma recuperação judicial, foi adotado pela empresa para reorganizar dívidas e preservar sua operação durante um período de pressão econômica. A companhia afirma que está revisando sua malha aérea internacional com foco na rentabilidade e eficiência, levando em conta variáveis como o preço do combustível de aviação, a volatilidade cambial e a disponibilidade de aeronaves compatíveis com voos de longo curso. Especialistas do setor observam que, embora Fort Lauderdale seja um destino estratégico para a Azul, rotas com menor ocupação e altos custos operacionais tornam-se inviáveis em períodos de reestruturação.
Mesmo com a suspensão de voos específicos, a Azul reforçou que continuará investindo em rotas internacionais consideradas estratégicas para sua operação, como a ligação entre Belo Horizonte e Fort Lauderdale, retomada recentemente. A empresa afirma que os passageiros afetados pelas suspensões anunciadas serão devidamente reacomodados em outros voos, ou terão a opção de solicitar reembolso integral. No caso das regiões Norte e Nordeste, a presença internacional será mantida com a operação do voo Belém–Fort Lauderdale, que serve como alternativa viável para parte do público impactado. A empresa afirma que seguirá avaliando a viabilidade de retomada das rotas suspensas, dependendo do comportamento do mercado e da conclusão de seu processo de reestruturação financeira.
