Voos para Los Angeles são suspensos em meio à falta de controladores

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A crise no transporte aéreo dos Estados Unidos se intensificou neste domingo, quando a Administração Federal de Aviação (FAA) suspendeu temporariamente os voos com destino ao Aeroporto Internacional de Los Angeles (LAX). A medida foi tomada em meio à paralisação parcial do governo americano, que deixou milhares de funcionários públicos sem pagamento desde 1º de outubro. Entre eles, estão cerca de 13 mil controladores de tráfego aéreo e 50 mil agentes da Administração de Segurança no Transporte (TSA), cuja ausência tem comprometido o funcionamento dos principais aeroportos do país. A FAA informou que os aviões ficaram retidos em seus aeroportos de origem, com atrasos médios de até uma hora e quarenta minutos.

O secretário de Transporte dos EUA, Sean Duffy, afirmou que o número de faltas entre os controladores atingiu níveis alarmantes, com 22 alertas registrados apenas no sábado, o maior número desde o início da paralisação. Duffy alertou que o sistema está “no limite” e que a falta de pessoal deve se agravar nos próximos dias, aumentando atrasos e cancelamentos de voos. Segundo ele, muitos trabalhadores estão procurando empregos temporários para compensar a falta de salário, já que o próximo pagamento, referente ao mês de outubro, não será feito. Atualmente, a FAA opera com um déficit de aproximadamente 3,5 mil controladores em relação ao número ideal, e muitos vêm cumprindo longas jornadas e turnos extras para tentar manter o tráfego aéreo sob controle.

Os impactos da crise se espalharam por diversos aeroportos, incluindo Fort Myers, Newark e Chicago, onde decolagens e pousos também foram afetados. O site FlightAware registrou mais de 7,8 mil voos atrasados entre sábado e domingo, um reflexo direto da falta de pessoal. Autoridades lembram que o cenário remete ao shutdown de 2019, quando o governo ficou fechado por 35 dias e o sistema aéreo norte-americano enfrentou atrasos generalizados. Enquanto republicanos e democratas trocam acusações sobre a responsabilidade pelo impasse orçamentário, passageiros enfrentam longas esperas e incertezas, enquanto cresce a pressão por uma solução política que garanta o pagamento e o retorno pleno das operações.

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