O presidente Donald Trump anunciou a imposição de uma tarifa de 100% sobre chips e semicondutores importados para os Estados Unidos, direcionada exclusivamente a produtos oriundos de países que não produzem ou não estão planejando produzir esses componentes no país. A medida foi divulgada na Casa Branca, durante um evento com o CEO da Apple, Tim Cook, que sinalizou o compromisso da empresa com a fabricação nos EUA como critério para a isenção da tarifa.
A isenção foi apresentada como um incentivo direto ao fortalecimento da produção interna: empresas que se comprometerem e cumprirem a fabricar chips nos Estados Unidos não pagarão a tarifa, enquanto as que fracassarem terão os custos aplicados retroativamente. A estratégia faz parte de uma política mais ampla para reindustrializar o setor tecnológico americano, em meio a iniciativas legislativas como o programa de subsídios de US$ 52.7 bilhões, aprovado em 2022, para pesquisa e produção de semicondutores no país.
O anúncio representa um marco na agenda protecionista da segunda gestão de Trump, intensificando pressões sobre cadeias globais de suprimentos. A imposição de uma tarifa tão elevada pode elevar os custos de produtos eletrônicos, automóveis e eletrodomésticos, ao mesmo tempo em que estimula investimentos domésticos, caso empresas entrem na linha de produção local.
