O governo dos Estados Unidos demitiu Erika McEntarfer, comissária do Departamento do Trabalho dos EUA, após a divulgação de um relatório de empregos fraco, que mostrou apenas 73.000 vagas criadas em julho, muito abaixo das expectativas e com revisões negativas de cerca de 258.000 empregos nos meses de maio e junho. O presidente Donald Trump alegou que os dados estavam “manipulados”.
A Casa Branca defendeu a decisão afirmando que os grandes ajustes nos números, aliados à queda na taxa de resposta às pesquisas do Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS), de 80,3% em outubro de 2020 para 67,1% em julho deste ano, indicam falhas que precisam ser corrigidas com urgência. Um funcionário do governo descreveu as revisões como “problemas antigos que não foram resolvidos desde a pandemia”. Trump anunciou que o vice-comissário William Wiatrowski assumiria como diretor interino, alegando que seria uma pessoa “muito mais competente e qualificada” para restaurar a confiança nos dados.
Isso ocorre em meio a alta volatilidade dos mercados: o índice S&P 500 recuou 1,6% no dia da demissão, impulsionado não apenas pelos dados trabalhistas fracos, mas também por novos anúncios de tarifas sobre 69 países, elevando a taxa média dos EUA a nível recorde em meses. Autoridades do governo argumentam que o movimento busca restaurar credibilidade e precisão às estatísticas econômicas, essenciais para a formulação de políticas e decisões de investimento, sobretudo num contexto de incertezas macroeconômicas e políticas tarifárias em vigor.