O presidente Donald Trump afirmou em entrevista que está em “negociações contínuas” com diversos países para revisar ou evitar tarifas elevadas. No entanto, o Brasil não foi citado entre os parceiros com os quais os Estados Unidos estariam dialogando. A ausência do país na lista de interlocutores reforça a percepção de que os 50% de tarifa sobre produtos brasileiros, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, continua válida e sem sinal de flexibilização imediata por parte do governo norte-americano.
Segundo fontes ligadas à política comercial americana, mais de 150 países estão envolvidos na política tarifária da atual administração. Destes, vários como Reino Unido, Japão, Vietnã, Indonésia e Filipinas já conseguiram acordos específicos para redução das taxas, chegando a tarifas entre 10% e 20%. O Brasil, por sua vez, segue entre os poucos países com a tarifa máxima de 50%, resultado da política de reciprocidade imposta pelo governo Trump. A medida faz parte de uma estratégia de proteção à indústria americana e busca pressionar países que mantêm barreiras comerciais aos produtos dos EUA.
Mesmo diante de uma política ampla de renegociação tarifária liderada pelo presidente Trump, o Brasil segue fora da lista de prioridades da Casa Branca. A manutenção da tarifa de 50% sobre exportações brasileiras acende um alerta para o setor produtivo e intensifica a necessidade de articulação diplomática urgente por parte do governo brasileiro.