A discussão sobre a sucessão de Tim Cook voltou a ganhar força dentro e fora da Apple. No comando da empresa desde 2011 e detentor do mais longo mandato como CEO na história da companhia, Cook se tornou figura central na expansão global da marca e na consolidação de seus negócios. Embora rumores recentes indiquem que ele poderia permanecer por mais cinco anos à frente da companhia, algo que ele mesmo não descartou, afirmando não se imaginar fora de uma rotina intelectualmente estimulante, uma nova reportagem do Financial Times aponta que Cook deve deixar o cargo já em 2026. Segundo o jornal, a Apple estaria acelerando seu processo interno de planejamento sucessório, visando preparar a transição ao longo do próximo ano.
Entre os possíveis nomes, John Ternus, atual vice-presidente sênior de engenharia de hardware, desponta como favorito para assumir o posto de CEO. Sua eventual nomeação representaria um retorno a uma liderança mais focada em produto, algo significativo no momento em que a Apple investe em novas categorias e iniciativas de inteligência artificial. Fontes familiarizadas com o assunto afirmam que um anúncio antecipado, possivelmente no início de 2026, seria estratégico para permitir que a nova equipe de comando esteja consolidada antes de eventos cruciais como a WWDC e o lançamento anual dos novos iPhones. Enquanto isso, analistas divergem sobre a proximidade dessa transição: Mark Gurman, da Bloomberg, mostra ceticismo quanto à iminência da mudança, ao passo que John Gruber, do Daring Fireball, acredita que o vazamento ao FT possa ter sido deliberado para preparar o mercado e o público.
A possível saída de Cook ocorre em meio a outras mudanças importantes no alto escalão da Apple. O diretor financeiro Luca Maestri já foi substituído por Kevan Parekh após anunciar sua aposentadoria, e o diretor de operações Jeff Williams deixou o cargo recentemente. Aos 65 anos, Cook encerra uma era marcada por crescimento sem precedentes: sob sua liderança, o valor de mercado da Apple saltou de cerca de US$ 350 bilhões para atuais US$ 4 trilhões. Mesmo deixando o posto de CEO, é amplamente esperado que ele assuma a presidência do conselho de administração, permanecendo assim envolvido em decisões estratégicas e nas relações da empresa com governos e grandes parceiros globais.