Senado aprova pacote econômico de Trump com isenções fiscais e cortes no orçamento

Economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira o pacote fiscal conhecido como “One Big Beautiful Bill”, idealizado pelo presidente Donald Trump. A proposta, que combina generosos cortes de impostos, incluindo isenções para gorjetas, horas extras e empréstimos estudantis, foi aprovada por uma votação apertada de 51 a 50. O desempate foi feito pelo vice‑presidente J.D. Vance, após três senadores republicanos unirem-se à oposição dos democratas. O texto retorna agora à Câmara dos Representantes, onde novas alterações poderão exigir reconfirmação.

Apesar da celebração republicana, diversos setores demonstram preocupação com os efeitos do pacote. A análise do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) aponta que as propostas podem adicionar cerca de US$ 3,3 trilhões ao déficit público até 2034, além de retirar cobertura de saúde de até 11,8 milhões de americanos e reduzir benefícios do programa de assistência alimentar. Figuras influentes como o empresário Elon Musk criticaram duramente o projeto, classificando-o como “completamente louco” e ameaçando criar um novo partido se o apoio republicano se consolidasse. Além disso, senadores republicanos moderados manifestaram receio de que os cortes no Medicaid prejudiquem hospitais rurais e eleitores de populações vulneráveis.

Militantes conservadores intensificaram pressões sobre a Câmara dos Representantes para que o projeto seja aprovado sem novas emendas. Trump estipulou o 4 de julho, feriado do Dia da Independência americana, como data ideal para sancionar a lei. No entanto, a margem apertada entre republicanos e os pontos de divergência deixados pelos democratas e guias conservadores sinalizam um confronto feroz durante a tramitação na Câmara. Caso haja mais mudanças no texto, o Senado poderá ser convocado para uma nova votação, o que, segundo a Casa Branca, poderia comprometer o cronograma imposto. Por ora, o pacote representa a vitória política mais significativa de Trump desde sua volta à Casa Branca.

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