O governo dos Estados Unidos está considerando impedir a emissão de vistos para torcedores brasileiros que planejam assistir à Copa do Mundo de 2026 nos EUA, como parte de uma intensificação das medidas contra o país. Ainda que a restrição não tenha sido formalmente implementada, o anúncio reforça o endurecimento da política americana em relação ao Brasil, que já inclui sanções e a imposição de tarifas recordes. A estratégia migratória pode ser usada como um instrumento adicional de pressão diplomática, ampliando as barreiras além do âmbito econômico.
A ação faz parte de uma ofensiva coordenada liderada pelo presidente Donald Trump, que sancionou o ministro do STF Alexandre de Moraes sob a Lei Magnitsky e assinou decreto impondo tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, vinculando essas medidas ao julgamento do ex‑presidente Jair Bolsonaro, seu aliado político. Em paralelo às sanções financeiras e comerciais, a potencial restrição de vistos reforça o impacto na mobilidade de cidadãos brasileiros, criando entraves à presença de público nacional no torneio esportivo.
Especialistas apontam que a combinação de sanções econômicas, restrições de visto e ações em tribunais contra alvos judiciais configura uma política de coerção multilateral. Essa abordagem visa reforçar a pressão sobre o sistema judicial e político brasileiro, usando instrumentos de poder econômico e regulatório para influenciar decisões internas do país. A possibilidade de proibir a entrada de torcedores na Copa do Mundo em solo americano demonstra como medidas aparentemente isoladas se conectam numa estratégia global de retaliação política e comercial