Pesquisas recentes e pesquisas científicas têm enfatizado que o câncer já não é mais encarado como sentença de morte inevitável. Atividades apresentadas na ASCO 2025 reforçaram essa perspectiva, destacando o tratamento guiado por imunoterapia associada à quimioterapia, como no estudo alemão “Matterhorn”, que reduziu em quase 30% o risco de progressão ou mortalidade em casos de câncer gástrico e esofágico. Outro progresso importante envolveu pacientes com leucemia linfocítica crônica que receberam combinação de ibrutinibe e venetoclax, alcançando taxa de sobrevida sem progressão de 94% após cinco anos — uma proporção significativamente maior que com tratamentos anteriores.
Além disso, o surgimento de anticorpos conjugados a drogas (ADCs), como o recém-aprovado datopotamab deruxtecan (Datroway), vem oferecendo novas opções para câncer de mama HR‑positivo e HER2‑negativo metastático, aumentando o tempo livre de progressão da doença e reduzindo efeitos colaterais em comparação com tratamentos quimioterápicos tradicionais. Paralelamente, terapias celulares CAR‑T e o avanço da inteligência artificial na medicina de precisão têm permitido diagnósticos cada vez mais personalizados e tratamentos com base no perfil genético do tumor, otimizando resultados e preservando qualidade de vida.
Este conjunto de inovações reflete um novo paradigma em oncologia: transformar o câncer em uma doença crônica controlável, com sobrevida prolongada e foco na manutenção do bem-estar do paciente. Especialistas alertam que, embora ainda existam obstáculos como altos custos, desigualdade no acesso e necessidade de mais testes em larga escala, o caminho é promissor. A combinação de imunoterapia, terapias de precisão, vacinas contra tumores e sistemas de suporte digital, incluindo aplicativos baseados em IA, já está moldando um futuro em que o câncer pode ser gerido com eficácia, quase como outras doenças crônicas comuns.
