EUA lançam operação ‘Lança do Sul’ para combater narcoterrorismo na região

Segurança

O secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou a operação militar “Lança do Sul”, uma nova iniciativa que, segundo ele, tem como objetivo combater “narcoterroristas” e reforçar a proteção do país contra o tráfico de drogas. A operação será coordenada em conjunto com o Comando Militar Sul, responsável por ações no Caribe e na América Latina. Embora o governo não tenha divulgado o local exato das operações, o anúncio ocorre em meio a uma escalada da presença militar americana nas proximidades da Venezuela, movimento que o governo de Nicolás Maduro vê como um possível prelúdio para uma intervenção.

A nova ofensiva integra um conjunto mais amplo de ações iniciadas pelos EUA nos últimos meses. O Comando Sul já havia mencionado, no início do ano, uma versão preliminar da Operação Lança do Sul, que envolvia o uso de sistemas robóticos autônomos para detectar e monitorar atividades de tráfico ilícito. A intensificação militar inclui a chegada do USS Gerald R. Ford, o maior porta-aviões do mundo, à região da América Latina. O poderoso grupo de ataque que acompanha o navio, formado por destróieres, aeronaves de guerra, helicópteros de operações especiais e bombardeiros, reforça uma presença que já é descrita como robusta no Caribe. Segundo o comando militar dos EUA, apenas nos últimos dois meses mais de 20 embarcações ligadas a grupos criminosos foram destruídas em ações que resultaram em mais de 70 mortes.

O anúncio da nova operação também está diretamente ligado ao crescente endurecimento da política norte-americana contra o governo venezuelano. Em setembro, os Estados Unidos dobraram para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação de Nicolás Maduro, acusado por Washington de comandar o Cartel de los Soles, classificado como organização terrorista internacional. Autoridades americanas afirmam que Maduro pode ser considerado um alvo legítimo dentro das ações contra cartéis, aumentando ainda mais a tensão regional. Em meio à pressão, a revista The Atlantic informou que Maduro estaria disposto a negociar uma saída do poder, desde que recebesse anistia e garantias de segurança para viver no exílio, um sinal de que a crise pode estar entrando em uma fase decisiva.

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