Estados Unidos deixam UNESCO pela 3ª vez após decisão do governo

Política

O presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos deixarão novamente a UNESCO, a agência das Nações Unidas voltada para educação, ciência e cultura. A saída está programada para o final de 2026 e marca a terceira vez em que o país se desliga da organização desde sua fundação, em 1945. Em comunicado oficial, o governo Trump acusou a UNESCO de ter se tornado um “instrumento ideológico” voltado a causas “globalistas e culturalmente radicais”. A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, afirmou que a decisão reflete a defesa dos “interesses nacionais” e o afastamento de “entidades internacionais politizadas”.

Entre os principais pontos citados para justificar a retirada está a inclusão do “Estado da Palestina” como membro pleno da UNESCO, aprovada em 2011. Trump considera que a presença palestina no órgão contribui para um viés anti-Israel dentro das resoluções e compromete a neutralidade da agência. A medida ecoa movimentos anteriores: em 1984, o governo Reagan saiu da UNESCO alegando má gestão; em 2018, o próprio Trump já havia feito o mesmo, voltando apenas em 2023 durante a gestão Biden.

A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, lamentou publicamente a decisão, mas garantiu que a organização continuará seus programas com apoio da comunidade internacional. Os Estados Unidos atualmente contribuem com cerca de 8% do orçamento da agência, e sua saída deve impactar financeiramente algumas iniciativas, especialmente nos setores de alfabetização e preservação de patrimônios históricos. No entanto, representantes da Unesco disseram já estar tomando medidas para compensar a perda.

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