O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira que divulgará os arquivos de sua investigação sobre Jeffrey Epstein em até 30 dias, atendendo a uma lei aprovada pelo Congresso. A procuradora-geral Pam Bondi confirmou a medida durante coletiva de imprensa, destacando o compromisso da administração com a transparência prometida pelo presidente Donald Trump desde a campanha eleitoral de 2024. “Continuaremos a cumprir a lei e a incentivar a máxima transparência”, afirmou Bondi, ao enfatizar que a liberação ocorrerá conforme exigido pelo projeto de lei, aprovado por ampla maioria na Câmara e no Senado.
A legislação, sancionada rapidamente após a aprovação congressional, obriga o governo a tornar públicos todos os documentos da investigação, incluindo detalhes sobre a morte de Epstein na prisão em 2019. Durante sua campanha, Trump repetiu promessas de revelar arquivos secretos sobre o caso, chamando de “muito estranho” a não divulgação prévia de listas de associados. Na semana passada, o presidente instruiu Bondi a iniciar uma revisão aprofundada dos materiais, resultando na nomeação de um procurador especial para examinar possíveis ligações com figuras públicas. A Casa Branca espera que Trump assine o texto ainda hoje, acelerando o processo e alinhando-se à diretriz executiva para a divulgação.
O caso Epstein, que envolve acusações de abuso sexual de mais de 250 meninas menores de idade na década de 2000, ganhou novo impulso com a ação legislativa. Epstein, preso em julho de 2019 e conhecido por sua rede de contatos com políticos e celebridades, morreu um mês depois em sua cela, em circunstâncias investigadas pelo Departamento de Justiça. Bondi esclareceu que a liberação protegerá a identidade das vítimas e reterá apenas dados que possam comprometer investigações em curso, ordenadas por Trump para apurar associações com ex-funcionários democratas.