A aprovação quase unânime no Congresso para a liberação integral dos arquivos do caso Jeffrey Epstein marca um avanço significativo em uma das questões mais polêmicas da atualidade. Após meses de impasse, a proposta recebeu 427 votos favoráveis na Câmara e seguiu ao Senado, onde também avançou sem resistência. O texto agora depende apenas da sanção do presidente Donald Trump, que, apesar das mudanças de postura ao longo do processo, reafirmou nesta semana que assinará a medida conforme havia prometido durante a campanha.
A decisão de Trump ocorre em meio a pressões de parlamentares de ambos os partidos e a cobranças públicas pela transparência total das investigações envolvendo Epstein. Ao confirmar que sancionará o projeto, o presidente busca demonstrar alinhamento com a maioria do Congresso e atender à expectativa de seus eleitores, que sempre cobraram a divulgação completa dos documentos. O gesto também reduz o espaço para críticas da oposição, que tentava transformar o impasse em um desgaste político para a Casa Branca.
Enquanto democratas divulgaram trechos selecionados de e-mails de Epstein para levantar suspeitas sobre Trump, a Casa Branca classificou as ações como “vazamentos seletivos” e defendeu que somente a liberação integral dos arquivos permitirá esclarecer definitivamente o caso. Com a sanção, prevista para os próximos dias, o governo pretende encerrar a controvérsia e reafirmar seu compromisso com a transparência, ao mesmo tempo em que retira margem para especulações políticas antes da divulgação completa dos documentos.