O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, emitiu nos últimos dias uma ameaça formal aos Estados Unidos, afirmando que qualquer “escalada” por parte de Washington na guerra da Ucrânia pode resultar em conflito direto. Segundo Medvedev, o governo russo está preparado para responder de forma contundente a ações americanas que considere agressivas, inclusive em operações relacionadas ao fornecimento de armas e sanções. Esse posicionamento reflete o endurecimento do tom diplomático entre os dois países.
Em maio, Medvedev já havia vinculado a intensificação do conflito à possibilidade da Terceira Guerra Mundial, após o presidente dos EUA, Donald Trump, declarar que Putin estaria “brincando com fogo” ao se recusar a negociar com Kiev. Em resposta, Medvedev declarou: “Eu só conheço uma coisa REALMENTE RUIM — a Terceira Guerra Mundial. Espero que Trump entenda isso!”. Esses discursos agravam ainda mais o clima de tensão global, com menções explícitas à retaliação nuclear se os EUA ultrapassarem certos limites.
Como contrapartida às ameaças russas, os Estados Unidos anunciaram a preparação de novas sanções secundárias que punirão empresas e países que continuem a negociar com a Rússia. Trump reduziu o prazo previamente dado para um cessar-fogo e afirmou que, se não houver progresso, essas medidas serão implementadas em 10 a 12 dias. Autoridades americanas também ressaltaram que elevarão o apoio militar à Ucrânia enquanto pressionam economicamente o regime de Putin.