Flórida se prepara para lançar carros voadores entre Orlando e Tampa até 2026

Tecnologia

A Flórida pode estar prestes a entrar oficialmente na era dos “carros voadores”. O Departamento de Transporte do estado (FDOT) anunciou planos ambiciosos para iniciar viagens aéreas comerciais com veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (eVTOL) entre Orlando e Tampa até o final de 2026. Segundo o secretário do FDOT, Jared Perdue, “a mobilidade aérea avançada é agora oficialmente um modo de transporte na Flórida”, marcando o início do que chamou de “era dos Jetsons”. O primeiro vertiporto, uma espécie de heliponto dedicado a esse tipo de veículo, já foi concluído em Polk County, próximo à rodovia interestadual I-4, e servirá como ponto inicial da futura “rodovia aérea” do estado.

O projeto é liderado pelo campus SunTrax, em Auburndale, que se tornou o primeiro centro de pesquisa do país dedicado tanto à tecnologia terrestre quanto aérea. A instalação funcionará como campo de testes para os eVTOLs, com planos para expandir e construir uma segunda pista de testes aérea. A meta é estabelecer a primeira rede aérea intermunicipal dos Estados Unidos, ligando inicialmente as regiões metropolitanas de Orlando e Tampa. O governador Ron DeSantis já aprovou a lei SB 1662, que define diretrizes para a mobilidade aérea avançada e autoriza investimentos públicos na construção de vertiportos, uma medida vista como essencial para acelerar a adoção dos carros voadores.

Embora a tecnologia já exista, especialistas afirmam que o maior desafio agora é energético. O ex-senador estadual Jeff Brandes, criador da conferência Automated Vehicle Summit, explicou que carregar vários eVTOLs simultaneamente exige uma enorme quantidade de energia “suficiente para abastecer o Empire State Building em poucos minutos”, segundo ele. Mesmo assim, a expectativa é que o custo das viagens seja competitivo com o de um Uber, tornando o serviço acessível a um público mais amplo. Apesar do entusiasmo, Brandes ressalta que os carros voadores não resolverão os congestionamentos da I-4, já que cada aeronave comporta apenas de seis a oito passageiros. Ainda assim, ele acredita que a combinação de veículos aéreos e automação terrestre pode transformar a mobilidade na Flórida nos próximos anos.

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