A partir de 1º de julho, a Flórida vai proibir a adição de fluoreto na água potável, uma decisão que tem gerado preocupação entre dentistas e profissionais de saúde pública. O fluoreto é reconhecido mundialmente por sua eficácia na prevenção de cáries dentárias, reduzindo a incidência em até 40%, especialmente entre crianças e populações vulneráveis. Com a remoção do fluoreto, especialistas temem um aumento significativo nos casos de cáries na população estadual.
Estudos de locais que suspenderam a fluoretação da água, como Calgary, no Canadá, mostraram que a ausência do fluoreto levou a um aumento acelerado nas cáries dentárias infantis, forçando a reintrodução do elemento para controlar o problema. A decisão da Flórida foi motivada por preocupações sobre possíveis riscos neuropsiquiátricos relacionados à exposição ao fluoreto, apesar da ampla evidência científica favorável à fluoretação como medida de saúde pública.
Além dos impactos na saúde bucal, a proibição do fluoreto pode ampliar as desigualdades no acesso a cuidados preventivos odontológicos. Famílias de baixa renda, que dependem da água fluoretada como forma de proteção contra cáries, poderão sofrer efeitos negativos mais severos, aumentando as disparidades já existentes. Dentistas e autoridades de saúde seguem atentos aos efeitos da medida, monitorando o cenário para possíveis intervenções futuras.